Ritual emocionante marca passagem da chama dos Jogos Pan Americanos por Campo Novo dos Parecis-MT
Uma comovente cerimônia movimentou a aldeia Quatro Cachoeiras, no município de Campo Novo do Parecis (MT) na manhã desta quarta-feira. Pela primeira vez na história dos Jogos Pan Americanos, uma aldeia indígena recebe a tocha olímpica. A solenidade de acendimento da pira do fogo ancestral pelas tochas do Pan e do fogo indígena, levou centenas de pessoas às margens do sagrado Rio Sacre. Além de ter recebido a tocha do maior evento esportivo do país, a cidade é palco da primeira edição dos Jogos Interculturais Indígenas do Mato Grosso.
O acontecimento que parou a pacata cidadezinha de 20 mil habitantes agitou toda população e significou um marco para o esporte em Mato Grosso. A solenidade inédita no continente, contou com a presença do governador Blairo Maggi, o cacique João Narciso, representantes do Comitê Olímpico Rio 2007 e indígenas de nove etnias, além cerca de 50 profissionais da imprensa de todo o Brasil e do exterior.
Localizada a 33 km da área urbana de Campo Novo, a Aldeia Quatro Cachoeiras, preparou um cenário à altura de receber a tocha do Pan. Um totem simbolizando a entidade mitológica Imbira-Sil (Guardião da Floresta) com uma pira, foi esculpido especialmente para a solenidade.
A chama da tocha do Pan, que chegou a Campo Novo por volta das sete da manhã, foi recebida pelo prefeito local Sérgio Beber Costa Stefanelo que, acompanhado do governador, se dirigiu para a aldeia Quatro Cachoeiras, onde foi formada uma grande concentração. O que se viu a seguir foi um ritual preparado pelos próprios índios.
Indígenas de nove etnias realizaram um desfile de abertura, são elas: Paresi-Haliti, Bakairi, Manoki, Umutina, Terena, Xavante, Rikbaktsa, Enawenê-nawê e Nhambiquara. Houveram apresentações de danças tradicionais e rituais espirituais. A chama foi criada através do método primitivo, por fricção de madeiras.
O governador Blairo Maggi, com cocar na cabeça, assistiu a toda a solenidade e se emocionou. “É uma honra muito grande para nos mato-grossenses representar todas as nações indígenas num evento de tamanha grandiosidade que é o Pan”. O cacique João Narciso, da aldeia Quatro Cachoeiras, tomou a palavra para invocar o respeito à natureza e aos rios, defendendo a preservação das terras indígenas. “Esperamos que o presidente Lula tenha mais respeito com o índio e demarque nossas terras. Estamos fazendo nossa parte cuidando dos rios”.
Para os indígenas, o fato de fazer parte da festa do Pan, pela primeira vez foi um acontecimento histórico. “Hoje, todos nós nos sentimos brasileiros, voltamos às nossas origens”, resumiu Carlos Terena, coordenador geral da cerimônia indígena e dos Jogos Interculturais.
No período da tarde, as atenções se voltaram para o revezamento da tocha Pan-Americana pelas ruas e avenidas de Campo Novo. O revezamento – que mobilizou nove alunos e um indígena – terminou no estádio Ary Tomazelli, onde aconteceu, no final da tarde, a abertura dos I Jogos Interculturais Indígenas, envolvendo aproximadamente 400 participantes indígenas e a população local que compareceu em peso ao evento.
O acontecimento que parou a pacata cidadezinha de 20 mil habitantes agitou toda população e significou um marco para o esporte em Mato Grosso. A solenidade inédita no continente, contou com a presença do governador Blairo Maggi, o cacique João Narciso, representantes do Comitê Olímpico Rio 2007 e indígenas de nove etnias, além cerca de 50 profissionais da imprensa de todo o Brasil e do exterior.
Localizada a 33 km da área urbana de Campo Novo, a Aldeia Quatro Cachoeiras, preparou um cenário à altura de receber a tocha do Pan. Um totem simbolizando a entidade mitológica Imbira-Sil (Guardião da Floresta) com uma pira, foi esculpido especialmente para a solenidade.
A chama da tocha do Pan, que chegou a Campo Novo por volta das sete da manhã, foi recebida pelo prefeito local Sérgio Beber Costa Stefanelo que, acompanhado do governador, se dirigiu para a aldeia Quatro Cachoeiras, onde foi formada uma grande concentração. O que se viu a seguir foi um ritual preparado pelos próprios índios.
Indígenas de nove etnias realizaram um desfile de abertura, são elas: Paresi-Haliti, Bakairi, Manoki, Umutina, Terena, Xavante, Rikbaktsa, Enawenê-nawê e Nhambiquara. Houveram apresentações de danças tradicionais e rituais espirituais. A chama foi criada através do método primitivo, por fricção de madeiras.
O governador Blairo Maggi, com cocar na cabeça, assistiu a toda a solenidade e se emocionou. “É uma honra muito grande para nos mato-grossenses representar todas as nações indígenas num evento de tamanha grandiosidade que é o Pan”. O cacique João Narciso, da aldeia Quatro Cachoeiras, tomou a palavra para invocar o respeito à natureza e aos rios, defendendo a preservação das terras indígenas. “Esperamos que o presidente Lula tenha mais respeito com o índio e demarque nossas terras. Estamos fazendo nossa parte cuidando dos rios”.
Para os indígenas, o fato de fazer parte da festa do Pan, pela primeira vez foi um acontecimento histórico. “Hoje, todos nós nos sentimos brasileiros, voltamos às nossas origens”, resumiu Carlos Terena, coordenador geral da cerimônia indígena e dos Jogos Interculturais.
No período da tarde, as atenções se voltaram para o revezamento da tocha Pan-Americana pelas ruas e avenidas de Campo Novo. O revezamento – que mobilizou nove alunos e um indígena – terminou no estádio Ary Tomazelli, onde aconteceu, no final da tarde, a abertura dos I Jogos Interculturais Indígenas, envolvendo aproximadamente 400 participantes indígenas e a população local que compareceu em peso ao evento.